terça-feira, 18 de maio de 2010

CÂNTICO IV


Não te apressas
Em conhecer o mundo.
O mundo é igual em quase tudo:
O vento sopra,
A estrela te rutila,
O sol é férvido,
O amor arrefece,
A vida te estremece.
E tu, que és apenas o Homem,
Rezas uma prece
Dentro do vácuo adentrado em ti mesmo;
Que em ti mesmo
É o teu obscuro desencontro.
Seja a distinção do olhar
No porvir da tua real felicidade
Em mundos mais adiantados da Cosmologia.
Sejas da tua alma.
E nunca do teu corpo febril
Que se decompõe em puído fúnebre ao esquife.
E sem rodeios metafísicos...


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