Sou um pássaro a voar
o Ainda que o meu vôo seja raso,
o E o meu talismã é o mar
Com flores dentro do teu vaso...
Minha língua é ardente
Transcrevendo vozes ocultas,
E a minha poesia é semente
De loucuras fósseis e adultas...
o Tenho em mim a esperança
o De concretizar o último sonho:
o Sou triste e a morte avança
o Neste destino vil e medonho...
Aguardo o meu fado anunciar
Um sinal da minha desvelação;
Mas enquanto eu não tenho ar,
Estou morrendo na minha ação...
o Sou um pássaro a sobrevoar
o O pântano da minha tristeza;
o Mas a poesia vou sempre amar
Na esperança de alva beleza...
(por Fernando Pellisoli)
Nenhum comentário:
Postar um comentário