Um elo de paixões febris
Enlouquece as minhas veias enigmáticas
A força do ópio me desatina
E luzes das venezianas vomitam venenos
Sobre a carcaça violentada de desejos
Choram os anjos azuis
E meu precipício de sonhos mortos...
A deusa destes versos esfacelados
Desconhece a minha imensidade de saudades,
Corroendo a minha mente em devaneios
Suspiros dos amanheceres
Não encontram guarida no colo angelical
Enxovalhos de tristezas
Embrutecem o meu organismo esfomeado de ti,
Numa composição orquestral delirante
Um elo de paixões febris
Conectado neste meu amor poético
Morto de saudades!
(por Fernando Gomes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário