Não me perguntem nada.
Estou muito distante de todas as redondilhas,
De todos os movimentos literários
o [abestalhados
Que a crítica faz especulação...
Quero apenas escrever os meus poeminhas
Retratando a minha triste alma
Em mágoas que são minhas
E da minha palma.
Não me perguntem nada.
Sou o choro da madrugada esmamaçada de tristezas
Corrompendo as transversais da agonia...
Não quero nada.
Não quero a posse das minhas adversativas.
Eu quero o teu olhar de fada
Nas minhas locuções adverbiais ativas...
Não me perguntem nada.
Não estou caminhando com as crendices,
Estou enfurnado literalmente no meu insulamento
Fazendo poesia: nada, além disso...
Não quero nada!
Não quero encabeçar uma fileira
[de horrores indescritíveis...
Quero, antes, a minha liberdade
De não dizer nada além dos meus questionamentos
Indomáveis e sedutores...
Não quero nada.
Não pretendo dizer nada.
Quem sabe, então, eu possa te dizer tudo...
De mim que sou quase o Nada...
Não quero nada.
Eu já perdi todos os meus sonhos...
Não pretendo dizer mais nada.
Não quero nada! Não quero nada! Não quero nada!...
Quero apenas escrever
Cem toneladas de LOUCURAS...
Não quero nada...
Quero nada...
o Nada...
o EUNADA...
(por Fernando Pellisoli)
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