Perdi o compasso:
Escavações convulsivas trevas
Sereia de Copacabana
Translúcidos corrimões esotéricos
Aprimorando a minha ciência latino-americana
No escuro do fado
Diabolicamente penetro um deserto
Os teus olhos faróis lanternas
Fulgurando os meus caminhos sinuosos,
Entrelaçando os teus gestos meigos de dialetos
Perdi a minha bússola
Em artimanhas cotidianas perfeccionistas?
Sussurros signos oportunistas
Impulsionando-me à velocidade dos ventos,
Vibrando os meus pós-poemetos inquestionáveis
No escuro do meu quarto
Visualizo a minha tragédia farpa libertina?
Musa prantos afrodisíacos
Pranteando os meus vales minhas colinas,
Cavalgando mil léguas sobre meu corpo d’água...
(por Fernando Gomes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário