Se eu me revelo
Nesta inconstância destrutiva,
É que eu sou tempestade
Varrendo vendavais.
E depois, descubro
Que eu sou quase o Nada:
Apenas um cisco...
O vento
Não sopra a minha cabeça
Empoeirada de Tristezas,
Nem a lua
Embala o meu coração:
Sou o erro trágico
Da Ilusão!
A psiquiatria
É a mãe da insistência
Onde me escondo,
Ingerindo os meus controlados
A três por quatro.
E o medo de surtar
É euforia...
Enfrento o tédio
(nas minhas horas inválidas)
Desmiolado,
Na impaciente espera
De vomitar o Mundo.
E minha mãe – ingênua,
Pensa que eu desdobro o sofrer?
Perdi o meu Tempo
Na volição tola e indevida
Do desamor.
Perdi o meu rumo
E a praia de Copacabana
- cenário do amor!
Sou apenas uma flor despetalada...
Viver é impossível
No absinto da minha loucura,
No meu pensar ausente:
Já não sinto alegria
Pois morro sempre de Tristezas!
Será que sem o teu assédio
Eu me procuro?
(por Fernando Pellisoli)
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