Descrever
A Musa dos meus versos
É como imaginar
A forma indefinida de Deus
Na sua infinidade.
A silhueta era perfeita,
E a boca pequena e carnuda.
A bunda era redonda
E os seios eram não muito pequenos.
E as pernas bem torneadas
Contracenavam
Com as coxas roliças,
E a cintura era toda fina.
Os olhos eram negros
E as orelhas bem formadas e pequenas.
E o nariz uma graça, arrebitado.
Os cabelos eram longos
E lisos e castanhos escuros.
As mãos e os pés
Eram de rainha e marcantes.
Os braços
Eram meigos e afetuosos,
E o desenho do corpo inteiro
Igualava-se ao entalhe vigoroso
De uma escultura grega.
(por Fernando Pellisoli)
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