Eu sou a arte
Inviável de resolução
Na indigesta infelicidade.
Eu sou a parte
Intempestiva do dia ameno
Que me assovia
Uma canção de tristezas
Irreparáveis.
Eu sou o enfarto
Adiado na ilusão que mente,
Sob um coração
Atrofiado de desamores
Inapreensíveis.
Eu sou o estandarte
Enfiado no ventre
Da desilusão amorosa
Incessante.
Do orvalho úmido
De distâncias incomensuráveis,
Eu sou o cotovelo
Da vida irremediavelmente
Imprópria ao uso
Inconsistente da volúpia
Insaciável...
(por Fernando Pellisoli)
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