Sou um fruto podre
Em cima da geladeira,
E a luz que se apagou intensa
De inúteis claridades.
Sou o choro de criança
Que se perdeu dos brinquedos
E da morte do pai...
Sou a crise econômica
Negociando os meus desenganos,
Onde o tempo me ronda
Intempestivamente.
Sou o desafeto dos amores
Na rixa do meio-dia;
Na desventura da meia-noite...
Sou a Internet
Navegando mundo afora,
Acessando um Site neológico.
Tudo é indigesto
Nesta meia-tarde defunta,
E o gesto não justifica
Um novo amanhã...
Sou a lua enamorada
Enluarando os amantes
Sem tocá-los.
E na dispersão da louca vida...
(por Fernando Pellisoli)
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