Presto-me em desfolhar a página deserta,
Deslumbrando-me de tédios inteiros...
A besta de boca aberta
Manobra os meus canteiros...
Não me importo com o teu pensamento,
Que me deturpa o limo primeiro,
Pois navego em cima do teu vento
Descrevendo o meu sentimento no meu letreiro
[de luares urgentes...
Nasci pra morrer de infelicidade,
Compondo tristes poemas
De real eternidade
Nos meus sistemas...
Vivo nesta bobeira
De poesia triste e feiticeira
Como uma minhoca morta no anzol da vida...
(por Fabiano Montouro)
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