sexta-feira, 25 de junho de 2010

FLOR AZUL

Uma madrugada gélida
 Aventura-se sobre a febre exposta;
 Mas o meu desprendimento
 Inebria os ventos...

 O poema nasce
 Parindo versos verídicos e velados,
 Pois a temática descreve
 O fado indigesto.
 A flor azul
 Testifica o manuseio mórbido;
 Mas a tentativa de expô-la
 Desnuda o verbo...

 Presságio de liberdade
 (nas encostas dos alambiques céticos),
 Pois desafinam as galhardias nos olhares turvos
 No elo das ingentes paixões...

 Os coloridos azulecentes
 (da flor azul delirante e indisposta)
 Perpassam os devaneios distorcidos dos ébrios

 A minha poesia
 Desfaz-se das lógicas impertinentes...

(por Fabiano Montouro)



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