Lágrimas escorrem felpudas
Rabiscando a minha escultura gelificada
Luares torvelinhos assediados
Desconhecem os meus anseios trogloditas
Mumificando os meus sentimentos fantasmagóricos
Tristezas escarpadas enredam-me
Anunciando estações nubladas fatigantes
Dores infindas me contorcendo
Enquanto a humanidade anseia prazeres
Como se viver fosse um festival alegórico carnavalesco
Meus desejos de sepultamento
Asfixiam as minhas mais preciosas emoções
Sofrer agonizante inferniza-me
Castigando a minha alma esfomeada de anseios
Como se eu fosse um andrógeno desnaturado avultando
Meus tristonhos sentires esfumaçados
Alimentam o meu organismo sensorial alucinado
E minha poesia dilata-se substancialmente...
(por Fernando Pellisoli)
Nenhum comentário:
Postar um comentário