domingo, 4 de julho de 2010

DISCERNIMENTO II



 Tenho a cara e a coragem
 Pra definir a minha situação no mundo:
 Sou apenas uma alva miragem
 E meio profundo...

 Sou uma lerda analogia
 Que se desgastou na convivência dura.
 E esta sofrida bacteriologia
 Nesta chuva impura...

 Trago a minha Ciência
 Nesta minha agonia de sempre filosofar:
 Sou esta mísera sapiência
 Navegando no pensar...

 Não aceito de graça
 A informação massificante do Sistema,
 Pois não me aglomero na praça
 Nem vou ao cinema...

 Não sou dono da verdade
 (nesta parafernália degringolada dos astros),
 Pois ainda tenho pouca idade
 Pra levantar bandeiras e mastros...

 Tenho a ciência de Deus
 E no poder da sua criação dos universos infinitos.
 E os Espíritos Puros que são seus,
 Estes são etéreos, inteligentes e benditos.

 Não acredito na Economia
 Que concentra a renda nas mãos de uma minoria:
 A elite é quem jamais me consumia
 No flagrante impróprio da euforia...

 II

 Existe muita seita
 Ensinando sistemas irreais e perigosos,
 Pois quando o Homem se deita
 Enxergam-se os vermes danosos...

 A antiga Astrologia
 Tornou-se um espectro da pseudociência:
 A ciência verdadeira é a Astronomia
 Que estuda os astros com sapiência...

 A antiga Alquimia
 Tornou-se um espectro da pseudociência:
 Pois a Química é quem procedia
 Nos pormenores da essência...

 O Espiritismo kardecista
 Não deve ser tratado como mais uma religião,
 Pois é ciência e filosofia à vista
 De qualquer região...

 E sobre o nosso destino,
 Nós mesmos construímos os nossos caminhos
 Memorizados no perispírito libertino
 Dos espíritos zinhos...

(por Fernando Pellisoli)

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