Vieram as serpentes
E luzes se acenderam de dores
Corroendo as vozes dos trabalhadores
Os escravos da palavra
Nas empresas de ânsia felpuda
Assassinando a língua de Pablo Neruda
Os salários miseráveis
- restos dos lucros abusivos
Proliferando a taberna dos explosivos?...
Os tubarões de gravata
No despejo de carne supliciada
Atravessando os oceanos da madrugada
As torturas emocionais
São cristais agônicos tempestivos
Escorçando os velhos desejos de aperitivos
Este ensaio de luzes
São travessas de angústias partidas
Perpetuando o mistério popular das vidas...
(por Fabiano Montouro)
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