LAMPEJO
Eu me abarco
Na abastança abissal
Sou um poeta abiótico
Porquanto o social é taciturno
Como a minha alma poética abjeta
E a abjuração
É a minha escuridão?
Abandalham o meu povo
Porquanto são abafantes políticas
Como uns tubarões a devorar mil peixinhos:
Abrandem as torturas
Porquanto, abscôndita, será
A evolução...
(Rafael Gafforelli)
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